CANUDOS, A viagem
"Nem as guerras
nem as águas
podem destruir
as grandes ideias."
Da poesia do Sertão
de Canudos
um pouco de tudo se aprendeu
Cicatrizar o sorriso
da criança de rosto
mutilado
Das mulheres-bruxas
desgrenhadas
Sertão pedra
céu, solidão
Terra de Conselheiro
Pai, amigo, Deus
irmão.
Telas de Verget
em preto e branco
retrato sem cor.
Entre flores
e cactos, espelho
da dor.
Mulher-mulambo
velhos deixados
pra trás nas valas
abertas ao Sol
cobrindo as feridas
com covas rasas
das vidas
sofridas
seladas com
cruz de pau.
Canudos, o Sertão,
o Céu,
o Sol.
(CLÁUDIA CASTRO)
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